5 de janeiro de 2007

TransAmerica


TransAmerica --- 8/10

Este sem dúvida é um daqueles filmes que nos deixa a pensar. Será que realmente estas pessoas que querem mudar de sexo não se sentiram melhor ao o mudarem? e porque é que a humanidade os ve com tao maus olhos? Será que cada um não tem o direito de ser livre e ter a oportunidade de escolher os caminhos que quer seguir? Enfim, muitas questões são levantadas neste filme, contudo a resposta é muito simples, só que a maioria das pessoas não a quer ver nem admitir. A humanidade neste tipo de coisas ainda é muito fechada, nao digo que seja a sua totalidade (e ainda bem que nao é) mas uma grande parte ainda o é, infelizmente.

Mas falando agora do filme propriamente dito, Bree (Felicity Huffman), antes de se empenhar em tornar mulher era Stanley, um homem que nunca se sentiu bem no corpo que tinha e que nunca fora feliz. E é exactamente aqui que a história se passa, na busca da felicidade e na luta que tem de ser travada até que a tal felicidade seja adquirida. Contudo, uma semana antes da sua ultima operaçao para se tornar uma mulher a 100% algo se poem no seu caminho, um filho! Um filho (Kevin Zegers) que Bree ainda fez quando era o Stanley. O seu filho entra na sua vida quando este é preso e tendo apenas o seu pai vivo as autoridades entram em contacto com ele, contudo, já muito teria passado desde que Stanley fora pai sem saber. Depois de Bree falar com a sua piscolga acerca deste assunto ela ve-se obrigada a nao lhe dar a autorização para a sua operaçao, pois apercebe-se que esta ainda tem problemas pendentes antes de poder começar a sua nova vida. Sem mais demoras, Bree vai juntar-se a seu filho sem que ele saiba e vai tentar endireitar-lhe a vida, proporcionando por vezes momentos engraçados mas ao mesmo tempo momentos bem sérios quando nos apercebemos do que realmente se está a passar.

IPB Image

Este filme, como já deu para perceber, conta com um argumento muito bom. Claro, que todo este argumento não teria sido nada se nao fosse muitos outros factores como os Actores, Realizador...e por falar em Realizador, Duncan Tucker, ainda que completamente desconhecido no mundo da 7ª arte, este realizador/argumentista conseguiu criar um filme completamente brilhante em que cada segundo do filme vale para se poder apreciar esta história.
Outro ponto forte do filme é sem dúvida os actores. Felicity Huffman, que estamos habituados a ver como dona de casa desesperada (Desperate Housewives) consegue criar uma personagem de tal modo credivel que nos esquecemos que é ela que está por baixo de toda aquela maquilhagem e debaixo daquele vozeirao que ela faz para que ainda seja possivel perceber que mesmo que a personagem queira ser uma mulher, ainda temos uma ideia de que antes teria sido um homem. Outro actor que faz um optimo trabalho é o Kevin Zegers, que possivelmente seja conhecido pelas suas aventuras em Air Bud, Komodo ou na serie Smallville. Este actor também não tem um papel facil pela frente, e pelos papeis que antigamente interpretou confesso que estava com receio em ver como se ia sair, mas mais uma vez, um bom argumento e boas capacidades de representação foram o suficiente para que ele mostrasse o que valia.

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Não há muito mais que se diga acerca deste filme, porque basicamente o filme tem muita coisa que não pode somente ser dita mas sim vista e apreciada. Este filme teve nomeaçoes para Oscars, sendo um deles o de Melhor Actriz para Felicity Huffman, e é assim mais um filme em que concordo completamente com as suas nomeaçoes que foram muito bem entregues, foi pena não ter ganho para melhor actriz, porque vendo bem acho que o Oscar não foi muito bem entregue, mas agora nada a fazer, e a Felicity de certeza que vai conseguir surpreender mais vezes ao ponto de poder ganhar um Oscar.
Vejam este filme, não o percam!

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